Gigantes do Oceano: Como a Ciência nos Ajuda a Conhecer os Tubarões

Gigantes do Oceano: Como a Ciência nos Ajuda a Conhecer os Tubarões

Imagine estar de férias em uma praia linda e, de repente, ter um encontro inesperado com um tubarão. Foi o que aconteceu com uma turista no Recife, um evento que virou notícia e nos lembra como é importante entender esses incríveis animais marinhos. Para que humanos e tubarões possam dividir o oceano em harmonia, cientistas do mundo todo trabalham para aprender cada vez mais sobre eles.

Onde os Tubarões Gostam de Passar: Praias com Muitos Encontros

O litoral de Recife, em Pernambuco, é um dos lugares onde mais se registram encontros com tubarões na América do Sul. A famosa praia de Boa Viagem, por exemplo, possui avisos que indicam a presença desses animais. Mas não é só no Brasil que isso acontece.

Nos Estados Unidos, a praia de New Smyrna Beach, na Flórida, é conhecida por ter muitos encontros entre banhistas e tubarões. O mesmo ocorre na costa da Califórnia e em Topsail Island, na Carolina do Norte. Viajando pelo mundo, também podemos encontrar tubarões perto da costa da Austrália, em Coffin Bay; nas águas cristalinas de Sharm el-Sheikh, no Egito; e na praia de Fish Hoek, na África do Sul, que é visitada pelo grande tubarão-branco.

Uma Aventura no Canadá: Cientistas em Ação

Enquanto esses encontros chamam a atenção, um grande esforço científico acontece para desvendar os segredos dos tubarões. Longe das praias quentes, nas águas da Baía de Mahone, no Canadá, uma equipe de pesquisadores vive o outro lado dessa história.

A aventura começa com um leve puxão na corda. Um tubarão-branco sentiu o cheiro de uma isca e se aproximou do barco. O trabalho dos cientistas exige muita paciência, pois eles podem passar o dia todo no mar esperando. Mas, naquela manhã, a espera valeu a pena. O tubarão mordeu a isca, e a equipe pôde começar seu trabalho.

“Conseguimos!”, celebrou Nigel Hussey, o líder da expedição e pesquisador da Universidade de Windsor. O objetivo dele e de sua equipe é estudar esses animais de perto. Ao colocar rastreadores neles, os cientistas conseguem acompanhar suas viagens pelo oceano, o que é fundamental para proteger a espécie e ajudar a manter todos em segurança, tanto as pessoas quanto os próprios tubarões.

Um Check-up Rápido para o Tubarão

Depois que o tubarão morde a isca, a equipe inicia um trabalho em equipe muito rápido e organizado, que parece um “pit stop” de corrida. Com muito cuidado, eles trazem o tubarão para perto do barco. O animal da vez era uma fêmea jovem, do tamanho de um caiaque.

Os pesquisadores a posicionaram ao lado do barco e a viraram gentilmente, o que faz com que ela ficasse bem calma e relaxada. Com o tubarão tranquilo, o Dr. Hussey fez um pequeno e cuidadoso corte para inserir um rastreador acústico, do tamanho de uma pilha. Depois, ele fechou o local com um fio especial, como um médico faz.

Ao mesmo tempo, outros cientistas coletaram gotinhas de sangue e colocaram outros dois rastreadores na barbatana dorsal: um que envia sinais para satélites e outro que mede a temperatura e a profundidade da água. Por fim, o anzol foi retirado com cuidado. As cintas foram soltas e a tubarão, que ganhou o nome de Cayo, foi liberada para voltar ao seu lar no imenso mar azul. Cada animal estudado como Cayo ajuda a ciência a entender melhor o oceano e seus maravilhosos habitantes.